O senhor PASSOS era comerciante e tinha ali no Patacão, uma loja de negócio em frente da casa da Professora Silvana, a mãe do Brigadeiro Salvador Carvalho e do bancário Custódio Julião.
Talvez que no lugar do Passos tivesse sido noutros tempos passados o negócio do Virgílio Baeta que ainda penso ter conhecido vagamente.
A zona era boa para o negócio e quem vinha de Mar e Guerra para o Patacão o primeiro estabelecimento que encontrava era o do Ti Zé Manelinho, cujos clientes mais fiéis eram o Ti Mateus Barras e o Ti Zé da Cova. Depois apareciam outros.
Um pouco mais à frente para quem vai, à esquerda era a carvoaria do PASSOS, que vendia palha, carvão, alguns bens alimentares e uns copos
O meu avô Zé Apolo costumava andar por lá.
O senhor Passos tinha dois filhos; um era a GRACIETE , uma menina muito bonita.
Ai vai um poema.
A CARVOARIA DO SENHOR PASSOS..
Lembro-me bem do Passos; de tez morena
Era um homem de trabalho.. camionista!...
E a sua empreitada não era nada pequena.
E para ele... cada negócio era uma conquista..
Era o Pai da Graciete de grande beleza ...
Que raio de moça aquela... parecia moura!...
Se os encontrasse hoje por aí de certeza...
Que reconheceria aquela cabecita loura..
Amigo Passos... onde é o serviço agora?..
Onde é que para, onde está onde mora?
Diga onde é.. ainda gostava de o ver um dia.
Quando for ao Patacão diga-me por favor..
Que eu, se puder, vou lá ter com o senhor.
E vamos comemorar o encontro na carvoaria.
João Brito Sousa