Ao ADOLFO PINTO CONTREIRAS,
Na tua crónica “MARAFAÇÕES XXIII ” em APC GORJEIOS, diz-se a páginas tantas que... “o nosso primeiro rei, fraco general mas astuto e valente guerrilheiro, não sabia ler e escrever, o que José Mattoso confirma em entrevista ao "Público" de sexta-feira. Como muitos reis e príncipes da época, era analfabeto, o que se julga ter acontecido com os nossos primeiros reis até D. Dinis....”
Queria dizer que não é essa a informação que disponho. Aquilino Ribeiro diz em Príncipes de Portugal, suas grandezas e misérias, capítulo IV, página 84 que:- D. Pedro I, pelos vistos, não sabia ler nem escrever. As petições e embargos, que sempre despachava com o “chançarel” ao lado, depois de tomar perfeito conhecimento deles, rubricava-os com dois rabiosques arabizados do seu selo real. Ora D. Pedro I era neto de D. Diniz:...
Sobre o “FUNDADOR” diz Aquilino: - ”No seu leito de agonizante, voz sumida e entrecortada, olhos gázeos de quem está a passar as alpodras para as paragens de que nunca mais se volta, o Conde D. Henrique ditava ao filho as últimas vontades. Era nos paço de Astorga: - ...Desta terra que te deixo, não percas um. Palmo. Ganhei-a à custa de muito esforço e trabalho. Convoca os Concelhos que te prestem menagem e leva-me depois a enterrar a santa Maria de Braga, que eu povoei.....
O Infante, logo que o pai cerrou os olhos, tratou de cumprir o que ele lhe ordenara...
Pode ter sido este o motivo, pelo qual se tornou D. Afonso Henriques um astuto e valente guerrilheiro. Mas quem foi D. Afonso Henriques? O filho do conde D. Henrique ou o filho de Egas Moniz?.. Fica a pergunta.
E aceita os cumprimentos do
João Brito Sousa