“A literatura não permite caminhar, mas permite respirar ..”
Barthes, Roland
BIOGRAFIA:
Barthes usou a análise
semiótica em revistas e propagandas, destacando seu conteúdo político. Dividia o processo de
significação em dois momentos:
denotativo e
conotativo. Resumida e essencialmente, o primeiro tratava da
percepção simples, superficial; e o segundo continha as
mitologias, como chamava os sistemas de
códigos que nos são transmitidos e são adotados como padrões. Segundo ele, esses conjuntos ideológicos eram às vezes absorvidos despercebidamente, o que possibilitava e tornava viável o uso de veículos de
comunicação para a
persuasão.
COMENTÁRIO.
Barthes é um homem ligado à cultura e viveu no último século, portanto um homem actualizado.
Eu acho que a frase de Barthes não tem muita validade, por entender que a literatura permite caminhar... sim. Entendo que a literatura nos abre caminhos, ajuda-nos a ser melhores enquanto seres humanos, dá-nos novas perspectivas de vida, novos conhecimentos e é por aí que caminhamos.
É claro que a análise da frase depende dos objectivos de cada um, até onde é que cada um de nós entende que a literatura nos pode levar ou nos pode satisfazer. Neste sentido, como a literatura nos pode dar mais ou menos satisfação, consoante a fasquia em que a coloquemos, ela poderá ser ou não caminhar. Porque respirar é sempre.
“A literatura é a sobremesa; o doce da vida” diz Baptista Bastos no seu “Cavalo a Tinta da China. Em BB, a literatura é uma arte, com cujo relacionamento encontramos prazer; talvez que com ela possamos caminhar....
João Brito Sousa
De A SILVA a 24 de Maio de 2007 às 15:04
Amogo Brito,
Os links a vermelho sobre o fundo azul, estão a exigir um esforço suplementar da minha vista para os conseguir ler.
Escolha aí outra côr para facilitar a vida da rapaziada.
Aquele abraço do
arnaldo silva
felizmente reformado
De
SOUSINHA a 24 de Maio de 2007 às 15:45
Viva.
Vou resolver o assunto.
M ABARÇO DO
BS
De cindamoledo a 24 de Maio de 2007 às 15:24
A literatura permite-nos caminhar e muito, pelos caminhos que o autor descreve, e não só...respirar sim e por vezes até demais, depende da história depende do livro, às vezes respiramos num fôlego, e lemos o livro num instante, outras não conseguimos passar das primeiras páginas, e respiramos fundo e arrumamos o livro.Por isso na minha opinião o Sr. Barthes não foi muito feliz nesta frase.Lá terá as razões dele
Cumprimentos amigo JBS. cinda
De
SOUSINHA a 24 de Maio de 2007 às 15:44
OLÁ!...
Muito obrigado pela visita. Concordo inteiramente com o que diz. Aceite os cumprimentos do
JBS
De A SILVA a 24 de Maio de 2007 às 15:41
Você tem toda a razão!
Que é isso de a Literatura não permitir caminhar?!
E de permitir respirar!!?
Ele há intelectuais que não se enxergam!
Respirar é uma função vital da vida e nada nem ninguém tem que permitir que o façamos. Respira-se naturalmente.
Claro que ele deve ter querido dizer que a Literatura não provoca asfixia. Ainda assim, parece-me, aquele amigo estaria a "meter os pés pelas mãos" porquanto todo o leitor tem a faculdade de optar pelo tipo de leitura que mais lhe apraz. Assim sendo, só se deixará asfixiar se enveredar por um desejo de suicídio.
Por outro lado, como tu bem defendes, a Literatura não só permite caminhar como abre os caminhos por donde faze-lo. No aportar de novos conhecimentos e conceitos, a Literatura fomenta o desejo de ir sempre mais longe, caminhando no fito de alcançar a melhor clarividência de cada tema tratado.
E direi mais ainda. A Literatura abre todo um universo de caminhos onde o Homem se pode espraiar, dando asas ao seu imaginário, facultando a possibilidade de qualquer ego se sentir realizado, satisfeito e completado. Um escritor, ao passo que vai engrossando a sua obra, caminha no sentido de dar expansão à sua forma de sentir o mundo e abre caminho aos seus semelhantes para se habilitarem a caminhar nas mesmas rotas.
Repito! Aquele amigo não se enxerga!
arnaldo silva
felizmente reformado
De
SOUSINHA a 24 de Maio de 2007 às 15:48
VIVA.
Muito bom o teu comentário.
Aquele abraço do
BS
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