
Não há mestre que não possa ser aluno....”
Poeta predileto de Cervantes, em torno de Gôngora se criou uma das polêmicas mais curiosas da história da literatura. Liderados por Lope de Vega, Juan de Jáuregui e Quevedo, seus detratores criticavam seu estilo demasiado alusivo, suas elipses e hipérbatos, dizendo que, assim, ele desviava a arte poética para um território até então considerado expressivamente inócuo, para uma obscuridade viciosa, já que, impedindo a compreensão, também comprometia as três funções básicas de todo discurso: educar, deleitar e mover o ânimo. Jáuregui, na amistosa carta-panfleto intitulada Antídoto Contra la Pestilente Poesía de las Soledades, chega a ironizá-lo com um silogismo engenhoso: se ele escreve para poucos e cultos que, por serem cultos e poucos, já são sábios, a quem afinal ele pretende educar? E qualifica tal gesto como o pior pedantismo de que já tivera notícia. Gôngora retorquia dizendo que apenas com a sua obra a língua espanhola pôde alçar-se à altura e à pureza da língua latina, e gozar de uma liberdade sintática e retórica até então desconhecida.
COMENTÁRIO.
A frase de Baltazar Gracián é verdadeira..
O conhecimento é ilimitado e portanto nem todos sabem tudo nem o conhecimento somado de todos juntos se sabe tudo.
No conhecimento, cada um especializou-se em determinada área científica, de modo a que a Ciência possa ser dividida em partes, por todos aqueles que por ela se interessam.
Um Mestre numa determinada área científica pode muito bem ser aluno numa outra área científica.
Estou de acordo com a frase de Baltazar Grazián.
João Brito Sousa