“A verdadeira sabedoria está em não parecermos sábios... “
BIOGRAFIA.
Ésquilo (Elêusis c. 525 a.C. - Gela 456 a.C.) foi um poeta trágico grego. É considerado como o fundador da tragédia. Foi soldado em Maratona, Salamina e Plateias (o que explica várias peças de cariz militarista, como Sete contra Tebas e sobretudo, derivado da sua experiência directa, Os persas). Na sua biografia ressalta desde logo a sua naturalidade: Eleusis, na Ática, cidade famosa pelos Mistérios de Elêusis, cerimónia iniciática de que ainda se desconhece a verdadeira componente (a este propósito Ésquilo terá sido julgado pelo facto de ter revelado os Mistérios, tendo, no entanto, sido absolvido). Ao longo da sua vida Ésquilo assistiu à consolidação da democracia ateniense, tendo posteriormente viajado para Siracusa a convite do tirano Hiéron, onde terá travado conhecimento com os místicos pitagóricos. Na sua obra destaca-se a importância dada ao sofrimento, narrando as sagas dos Deuses e dos Mitos (como por exemplo em Prometeu Acorrentado). Terá escrito 79 tragédias (segundo alguns autores cerca de 90), das quais se conservaram apenas sete tragédias completas (para além de inúmeros fragmentos dispersos de outras):
MEU COMENTÁRIO:
Já aqui disse que, para alguns investigadores e intelectuais, depois dos Gregos da
Antiguidade Clássica, o Homem não aprendeu mais nada. Do meu ponto de vista isso encerra uma certa dose de razão, pois, ao que parece, essa foi a época de oiro da Humanidade, culturalmente falando.
Antes de me pronunciar sobre a frase de Èsquilo, devo dizer que não me considero especialista em nenhuma matéria dessa Antiguidade, entendendo apenas que, uma abordagem mesmo ao de leve que seja ao tema, me leva a entrar nele, que é fundamentalmente o que me interessa. Por outro lado estou a dar a chance a outros de tomarem contacto com estas matérias e aprofundá-las ou não.
Quanto à frase de Ésquilo, direi que concordo com a dita, pois que o sábio só sabe que não sabe nada. Um verdadeiro sábio continuará a interrogar-se eternamente porque o saber nunca está totalmente conseguido e sabido. Quem ignorar isto não pode ser tido como um sábio.
Portanto, a verdadeira sabedoria está em não parecer-mos sábios.
João Brito Sousa