10 DE JUNHO DE 1793.
FAZ HOJE 214 ANOS, QUE...
Em França, em pleno período da Revolução Francesa, são alargados os poderes dos Tribunais Revolucionários, fazendo aumentar as execuções em massa.
A situação particular que, no verão de 1793, impõe a ditadura do Comité de Salvação Pública é muito perigosa: nesse ponto, a Revolução deve vencer ou morrer. Internamente o golpe de Estado parisiense contra a Assembleia de 2 de Junho, provoca maior divisão nas províncias. Os departamentos normandos e bretões unem-se em Federação em torno de Caen, capital efémera do oeste girondino. Bordeaux expulsa os representantes da Convenção e a insurreição chega a Lyon e às cidades do sudeste.
Mas, exceptuando Toulon, tomada pelos ingleses em Agosto, e Lyon, novamente realista, a revolta provincial logo se acaba.. Os girondinos não conseguem unir o moderatismo burguês à violência realista: numa luta tão acirrada entre a Revolução e seus inimigos, é quase certo que surja lugar para uma terceira força.
A contra- revolução declarada começa a instalar – se em Vendéia. Paris reagiu com um decreto de destruição total: As florestas serão abatidas, os covis dos bandidos destruídos, será feita a união dos que estão além das retrovias, todo o gado será tomado. Mulheres, velhos e crianças serão levados para o interior..
O perigo da situação e a pressão exercida por Paris influem progressivamente no Comité de Salvação, renovado em Julho, para exercer uma ditadura provisória: vários decretos terroristas, que levam os Girondinos e Maria Antonieta aos tribunais revolucionários, vingam o atentado a MARAT.; o levantamento em massa, invocado pelos revolucionários, é votado a 23 de Agosto e a revolta de Paris de Setembro põe o terror na ordem do dia.
À lei dos suspeitos, com uma definição suficientemente ampla para poder abarcar todos os inimigos da revolução, a Convenção acrescenta o aumento dos preços e dos salários, que lhe permite um controle de economia. Mas a Convenção cedera às pressões revolucionárias somente para poder controlar Paris e acabar com os chefes enraivecidos; agora, a esquerda se retrai enquanto a direita avança. O Governo Provisório da França é revolucionário até `a paz..
BIBLIOGRAFIA: A Revolução Francesa por François Furet
João Brito Sousa