A frase é de JEAN PAUL SARTRE, que a escreveu em “Situações II"
“Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de acção ...”
Jean Paul Sartre

BIOGRAFIA
Escritor e pensador francês, Jean-Paul Sartre nasceu em Paris a 21/06/1905 e morreu na mesma cidade a 15/04/1980, já senil, de ataque cardíaco. Estudou desde 1924 na École Normale Supérieure. Em 1931 foi nomeado professor de filosofia em Le Havre; em 1937, no Lycée Pasteur, em Paris. Convocado para o serviço militar em 1939, foi em 1940 prisioneiro dos alemães. Libertado em 1941, voltou para Paris, lecionando no Lycée Condorcet e participando da Resistência. Depois da guerra, em 1945, foi licenciado por tempo indeterminado. Chefe dos grupos existencialistas no bairro de St. Germain-des-Prés, fundou a revista literária e política Les Temps Modernes (Os Tempos Modernos), além de escrever para o jornal de Paris Libértacion, da esquerda.
Sartre escreve sua obra filosófica principal, O ser e o nada, em 1943. Mas em 1938 já havia publicado o romance A náusea. Seu pensamento é muito conhecido e gerou, inclusive, uma "moda existencialista", também pelo fato de Sartre ter se tornado um famoso romancista e teatrólogo.
MEU COMENTÁRIO.
A frase de Sartre parece uma bomba mas está certa. Surdos e mudos nada tem a ver com forma de acção. Um surdo mudo apenas está limitado na acção de ouvir.
Passividade também passa ao lado de actividade e será uma forma de inacção ou uma forma de não acção.
A passividade é uma forma de acção no sentido da não actuação. Mas para não actuarmos é preciso que actuemos dizendo não.
Ora é aqui que a frase SARTRE faz sentido.
João Brito Sousa