Sábado, 22 de Setembro de 2007
A HORTA BIOLÓGICA
Parte-se do ponto de vista que o consumidor também deve decidir-se na
escolha dos seus produtos. Actualmente, existe uma consciência
generalizada sobre a má qualidade da alimentação industrial.
Objecta-se, por vezes, que sendo a poluição uma ocorrência de carácter
geral, ninguém pode pretender a obtenção de produtos biológicos.
Se ao agrobiologista não estiver ao abrigo das manobras dos seus
vizinhos o seu solo terá adquirido uma composição diferente, que não
se compara com a de uma terra que se possa considerar como simples
suporte para os adubos solúveis.
Este solo será rico em húmus, será habitado por uma vida intensa:
microorganismos, bactérias, fungos,, minhocas, etc. Portanto, o
problema deve colocar-se com clareza:
"UVIDAR-SE DA RODUÇÃO BIOLÓGICA SOB PRETEXTO DE QUE NEM TODAA
SUPERFÍCIE DO GLOBO PODE RECONVERTER-SE AOS MÉTODOS AGRÍCOLAS NATURAIS
É UMARGUMENTO D MÁ- FÉ ...".
Portanto cada individuo pode produzir simplesmente uma parte da sua
alimentação, caso queira saber o que está a comer e pretenda renovar,
simultaneamente, os laços estabelecidos com aterra, com os vegetais,
que apenas pedem para ser amados de modo a poderem dar, também algo de
si.
Recolha de
JOÃO BRITO SOUSA
De Anónimo a 28 de Setembro de 2007 às 08:57
tás-te a esquecer da fome que há no mundo? achas que a solução está nas hortas cheias de caca?
Desengana-te e adere ao nosso grupo os
AnArKas de Braciais
Início das actividades
As actividades pelo clube aljustrelense irão dar início pelo dia 4 de Outubro, com o lançamento do Alambique, a nova publicação confeccionada por estas bandas. Esta mesma apresentação também andará pelo CCL
(Cacilhas) no dia 5 de Outubro e pelo Porto, na Casa Viva no dia 6.
Por agora fiquem com o editorial do Alambique
Alambique, s.m. [do ár. ‘anbiq] –
1. Aparelho próprio para realizar destilações – 2. Fig. Aquilo que serve para apurar ou aprimorar
Depois de alguns meses em fermentação o ALAMBIQUE começa a destilar.
Esta é uma publicação que surge do projecto anarquista Centro de Cultura Anarquista (CCA) Gonçalves Correia, que se movimenta entre Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Castro Verde e restante Baixo Alentejo. Já em 2003 o CCA de Ferreira do Alentejo juntara na difusão do pensamento libertário diversos companheir@s da região. De há um ano para cá, ressurge o CCA, agora denominado Gonçalves Correia (em nome da mais renomeada herança anarquista da zona), junto do Club Aljustrelense, espaço que periodicamente abre portas às nossas iniciativas.
Os objectivos: estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca. Dar viva voz ao protesto.
O ALAMBIQUE surge depois de um ano de actividades no Clube, onde o projecto assentou arraiais. A necessidade de dar a conhecer o que fazemos, de sair portas fora tornou-se ao longo deste tempo algo imperativo. Não apenas com vista a um alcance maior, mas para quebrar com a passividade de nos fecharmos num getho, numa tribo, com os mesmos de sempre. Nesse sentido o Club Aljustrelense só por si, é isso mesmo: um clube. E o nosso projecto pese querer contribuir sobremaneira para a sua dinamização, nunca pretendeu encerrar-se na dinâmica fechada de um espaço que tem a sua vida própria com as suas virtudes e os seus defeitos.
Nesta nossa (des)construção afirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia. Queremos também, informal e livremente, que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver.
Comentar post